Hash11: Tudo sobre o fundo de investimento das Nasdaq

O mercado de criptomoedas é um dos que mais cresce no mundo, e no Brasil esse cenário também é uma realidade. Cada vez mais investidores experientes estão abandonando os investimentos tradicionais como ações para investir em criptomoedas. Isso tem levado também a uma busca de maneiras para investir nesse mercado, essencialmente, por parte dos novos investidores acerca desse mercado. E para quem ainda desconhece sobre o universo cripto, há uma alternativa interessante de investimento inicial.

Trata-se do Hash11, ou Hashdex Nasdaq Crypto Index Fund, um fundo de índice, também denominado como ETFs (sigla do inglês Exchange Traded Funds). Uma alternativa para quem quer iniciar a investir no mercado cripto, mas ainda desconhece as terminologias e não consegue acompanhar o imenso universo de criptomoedas disponíveis para negociação nos mais variados mercados.

Com um patrimônio líquido estimado em 1,05 bilhões e mais de 120 mil cotistas, o Hash11 se solidificou no mercado de investimento brasileiro como referência em criptoativos. É o primeiro ETF de cripto da Bolsa de Valores do Brasil. Se você é um desses investidores que busca novas oportunidades de negócios, preparamos esse artigo que vai explicar um pouco mais sobre o funcionamento do Hash11 e suas vantagens.

O que é o ETF Hash11?

Antes de tudo, vale a pena apresentar alguns conceitos para quem ainda pouco se familiarizou com os termos do mercado financeiro. O primeiro elemento a ser esclarecido é o ETF, ou Fundos de Índices como são conhecidos no Brasil. Nada mais são do que fundos de investimentos que replicam os investimentos do índice do qual se baseiam. Assim, se o índice sobe, os investimentos do ETF também sobem, e a rentabilidade do acionista sobe junto.

Isso porque, os ETFs funcionam como grandes condomínios onde cada pessoa precisa adquirir uma cota para participar das vantagens, ou seja, ter direito ao lucro obtido. Quem realiza a administração do ETF é uma empresa especializada, normalmente uma gestora de investimento, que aplica o dinheiro levantado com a venda de cotas do fundo para adquirir ativos que possam aumentar a rentabilidade.

Diferenças entre ETF e Fundo de Investimento padrão

Essa é uma pergunta comum que pode deixar a cabeça dos novos investidores um pouco dolorida. Mas na verdade é bem simples de ser respondida. Basicamente, ETF e Fundo de Investimento têm a mesma natureza, cestas de ativos com vários proprietários que centralizam a gestão nas mãos de um gestor. De modo que, se um ganha, todos ganham, sempre na medida da participação cotista.

A diferença do ETFs para os fundos de investimento normais é que, enquanto esses fundos não seguem um padrão de investimento e compram ativos dos mais diversos tipos para aumentar a rentabilidade do fundo, na ETFs a gestora define qual será o índice de rentabilidade que quer conquistar. Por exemplo, o Índice Bovespa que tanto é noticiado nos jornais brasileiros.

Um breve parênteses, para quem desconhece, o Índice Bovespa é o resultado operacional de todas as ações que estão listadas na bolsa de valores do Brasil. Quanto escutamos o William Bonner dizendo que o Índice Bovespa teve uma alta de 5%, isso significa que somadas às ações de todas as empresas listadas na bolsa de valores brasileira, o resultado foi positivo em 5%.

Dessa forma, a gestora de um ETFs que quer ter a mesma rentabilidade do Índice Bovespa,deve adquirir todas as ações listadas na bolsa de valores. De modo que, quanto a Bovespa tiver uma alta de 5%, o índice também terá a mesma alta. Claro que os valores serão diferentes, porque o montante de ativos que o ETFs adquirir é inferior ao ofertado na Bolsa, mas a variação, para a cima ou para baixa, será a mesma.

Hash11 é da Nasdaq 

O fato interessante dessa história toda é que o Hash11, objeto do presente artigo, é um ativo que se relaciona diretamente com o mercado internacional. O índice sobre o qual a Hash11 está vinculada é o das criptomoedas negociadas na Bolsa americana. Dessa forma, sempre que os ativos criptos da bola americana tiverem uma alta, o Hash11 também terá a mesma alta e, consequentemente, os seus cotistas.

Negociações em formatos de ETFs são bastante interessantes para investidores que estão iniciando no mercado de investimentos e ainda desconhecem quais são os melhores ativos para investir. Além disso, em mercados relativamente novos, como o mercado cripto, as ETFs se tornam uma opção valiosa e interessante, dado que quem cuida do fundo são especialistas e estudiosos no assunto.

Pouca gente sabe, mas o nome Hash se refere ao sistema de algoritmo utilizado por Satoshi Nakamoto, o misterioso criador do Bitcoin e pai das criptomoedas tal como são conhecidas hoje. Durante a criação do código para a Bitcoin, Satoshi utilizou um hash criptografado para desenvolver o sistema de prova de trabalho que é o coração da criptomoeda mais valiosa do mercado financeiro.

Composição da Hash11

Em parceria com a Nasdaq, a gestora Hashdex, que faz a gestão do ETFs Hash11, desenvolveu o índice NCI (Nasdaq Crypto Index) que representa o mercado de cripto ativos no longo prazo na principal bolsa de valores do mundo. Esse índice levou em consideração todos os cripto ativos negociados na bolsa e a parcela de representação de cada um.  Veja a composição do fundo de investimentos Hash11, que é alterado a cada três meses, em razão das perspectivas e projeções para o mercado futuro cripto.

Vale destacar que a Hashdex criou uma metodologia própria que define se um cripto ativo é ou não elegível para a composição do seu ETF. Basicamente, segundo o documento elaborado em parceria com a Nasdaq, para quem um cripto ativo seja agregado ao índice do fundo, ele precisa:

• Possuir preço flutuante

• Possuir alta liquidez

• Possuir representação do mercado mínima de 0,5%

• Ser negociado em pelo menos 2 corretoras de cripto qualificadas

• Ser suportado por pelo menos 1 custodiante institucional

Preenchendo esses cinco requisitos, o cripto ativo está elegível para compor a carteira de investimentos do índice que compõe o NCI da Hash11. Essa é uma forma de garantir que os investidores fiquem seguros, dado os ativos escolhidos para compor não apresentarem nenhum risco de prejuízos a longo prazo. Vamos analisar cada um dos ativos que compõem a carteira da Hash11.

Bitcoin

Conhecido mundialmente, o Bitcoin é o cripto ativo responsável pelo sucesso de todos os outros cripto ativos. A criptomoeda é destaque não apenas pela valorização que conquistou nos últimos anos, em um mercado que desconhecia e, em muitos casos, renegavam os cripto ativos com investimentos. Foi com força e insistente que o ecossistema da Bitcoin conseguiu provar seu valor para o mercado.

A tecnologia é o braço forte do Bitcoin e a sua popularidade o grande fator de interesse para os investidores que buscam rentabilidade. Outro ponto de destaque do Bitcoin, e que faz com que o ativo tenha a maior parcela de composição do fundo Hash11, é a sua escassez. Até o ano de 2140 serão emitidos apenas 21 milhões de unidades, momento em que nenhuma outra Bitcoin será lançada no mercado.

Ethereum

Primo mais próximo do Bitcoin, o Ethereum é o segundo cripto ativo em importância para o mercado e para a hash11, tanto que compõem a segunda maior fatia do fundo de investimento. Por ser uma tecnologia diferente da Bitcoin, a tendência é que exista um amplo campo de avanço para o ecossistema que faz a gestão do Ethereum, dado que o sistema funciona em formas de contratos inteligentes de gestão.

Assim, os usuários do Ethereum que criarem novos aplicativos descentralizados (dApps), recebem Ether, assim como os validadores da rede blockchain. Exemplos desse caso pipocam aos montes, como as NFTs de arte, metaversos abertos e blokchain gaming. Outro fato interessante da Ethereum é que a rede se esforça para criar uma ambiente mais sustentável e tem lançado atualizações constantes, com o objetivo de atrair um público cada vez maior para o seu universo. 

Litecoin

Conhecida como a prata do mundo das criptomoedas, quando o Bitcoin é considerado o ouro, a Litecoin foi criada em 2011 e se apoiou na sua irmã Bitcoin para conquistar o mercado de cripto ativos. O destaque para a Litecoin fica por conta da democratização de acesso da criptomoeda. Enquanto para minerar um Bitcoin o usuário precisa investir pesado em tecnologia de ponta, para fazer Litecoin nem tanto.

Isso acaba por criar um ecossistema mais descentralizado e popular, tornando a Litecoin uma das criptomoedas com maior capitalização do mercado. Soma-se a isso o fato de que para minerar um bloco de Litecoin os moradores levam em média 2,5 minutos, enquanto que para fazer o mesmo no universo da Bitcoin, o tempo estimado é de 10 minutos. Por conta dessa popularização, a Litecoin faz parte da terceira maior fatia de investimentos da Hash11.

Chainlink

Diferente dos outros cripto ativos que compõem o fundo de investimento, a Chainlink é uma rede de comunicação totalmente descentralizada. Seus provedores são chamados de oráculos, dado que emitem informações de fora da rede. O grande objetivo é vender o serviço para empresas que buscam por privacidade na hora de hospedar operações de transações financeiras e outros tipos.

Em resumo, a Chainlink cria uma conexão entre o mundo real e o universo das blockchain, ao trazer para rede as operações mais comuns. Com sua rede blockchain altamente otimizada, estima-se que em um futuro próximo a Chainlink sirva como um intermediador entre smart contracts e fontes de dados externas, facilitando a transferência de dados off-chain (externos a uma blockchain) para aplicações on-chain.

Polkadot

Outro ativo da carteira da Hash11, a Polkadot é uma rede blockchain que tem como objetivo conectar múltiplos blockchains, chamados de sub-chains ou para chains, em uma rede unificada. Essa é uma tarefa hercúlea e que tem sido cada vez mais valorizada pelo mercado. Principalmente, considerando o grande número de redes blockchain que são lançadas todos os anos.

Por meio da Relay Chain, plataforma base da Polkadot, sub-chains podem enviar e receber dados entre si, permitindo aos desenvolvedores aproveitar componentes específicos de cada blockchain. Através dessa estrutura Pokadot promete unir as várias blockchains diferentes para, de modo que se torna possível usar Bitcoin em serviços de finanças descentralizadas (DeFi) na rede do Polkadot ou até mesmo do Ethereum.

O DOT é a criptomoeda nativa da rede Polkadot, dando aos seus proprietários poderes de governança, staking e bonding (conexão de uma sub-chain à Polkadot). Em pouco tempo de vida, a Polkadot que foi lançada em 2020, vem conquistando cada vez mais um espaço entre os mercados de cripto ativos.

Uniswap (UNI)

A Uniswap é uma exchange de criptomoedas que usa um protocolo de rede descentralizado. Uniswap também é o nome da empresa que inicialmente construiu o protocolo Uniswap. O protocolo facilita transações automatizadas entre tokens de criptomoedas na blockchain Ethereum através do uso de contratos inteligentes.

Conhecida por ser um dos ecossistemas cripto que mais tem atraído interesse de investidores, a partir de outubro de 2020, a Uniswap foi estimada como a maior exchange descentralizada e a quarta maior exchange de criptomoedas em geral em volume de negociação diário.

Stellar (XLM)

O protocolo stellar é um sistema descentralizado que facilita a troca de dinheiro em diferentes moedas. Controlado por uma fundação sem fins lucrativos, o protocolo Stellar tem como principal objetivo democratizar o acesso ao mundo financeiro por qualquer pessoa, de qualquer classe social.

A moeda que faz parte desse universo é a Stellar Lumens (XML), um cripto ativo usado sempre que ocorre uma transação entre contas Stellar. Os usuários da rede podem usá-la para pagar as taxas de transação, que são agrupadas semanalmente e concedidas aos validadores de rede eleitos por meio de um processo chamado votação da inflação (inflation voting). 

Bitcoin Cash (BCH)

O Bitcoin Cash (BOX) foi criado em agosto de 2017 como um hard fork da blockchain do Bitcoin. Ele implementou um aumento no tamanho do bloco (para 8 MB do 1 MB original do Bitcoin) com o objetivo de focar em pagamentos rápidos e baratos. Em agosto de 2018, o Bitcoin Cash se dividiu novamente entre o Bitcoin Cash ABC (a versão atual do BCH) e o Bitcoin Satoshi Vision (BSV) devido a novas divergências sobre quais casos de uso devem ser priorizados.

Axie Infinity (AXS)

AXS é o token de governança do jogo Axie Infinity, no qual jogadores podem colecionar animais de estimação chamados Axis para participar de uma série de atividades. Os jogadores batalham com os Axie que possuem nos diferentes modos do jogo, acumulando recompensas conforme vencem partidas e interagem com o ecossistema desse novo universo digital. O AXS serve de token de utilidade para atividades dentro do Axie Infinity, com previsão de futuramente fornecer poder de decisão nas atualizações de mecânicas e experiências no jogo.

Filecoin (FIL)

Filecoin é uma rede de armazenamento de dados descentralizada desenvolvida pela Protocol Labs e que permite aos usuários vender seu armazenamento em excesso em uma plataforma aberta. Filecoin atua como incentivo e camada de segurança para IPFS (InterPlanetary File System), uma rede ponto a ponto para armazenamento e compartilhamento de arquivos de dados. O Filecoin transforma o sistema de armazenamento do IPFS em um "mercado algorítmico", onde os usuários pagam aos provedores de armazenamento no token nativo do Filcoin, FIL, para armazenar e distribuir dados na rede.

The Sandbox (SAND)

The Sandbox é um mundo virtual em que os jogadores podem construir, possuir e monetizar ativos digitais dentro da blockchain do Ethereum, centrado em seu token de utilidade SAND. Atualmente, diversas empresas como Atari, Binance e Ubisoft já possuem terrenos nesse Metaverso, com o número de vendas totais de terrenos virtuais na forma de NFTs já tendo superado a marca de 1 bilhão de dólares, indicando uma nova tendência de adoção de universos 3D construídos com a tecnologia blockchain.

Porque investir na Hash11?

Novos investidores podem ter suas dúvidas em relação a investir em uma ETFs, ao invés de investir diretamente em ativos. A grande vantagem, nesse caso, de se investir em cotas de ETFs como a da hash11 é que você não precisará comprar todos os ativos para obter a rentabilidade desejada. Com apenas uma cota, você consegue obter a mesma rentabilidade de alguém que gastou para comprar todos os ativos administrados.

Além disso, ETFs são reguladas pela bolsa de valores e precisam respeitar as regras da Comissão de Valores Monetários, que são bem rígidas em relação à transparência. Além disso, como a Hash11 opera a partir de um índice dos Estados Unidos, a gestora também precisou passar sob o crivo do órgão de controle dos EUA, a SEC.

Com os melhores especialistas em cripto ativos do mercado, a Hash11 está sempre atualizando o seu portfólio de acordo com o cenário mundial e as notícias que atingem diretamente o mercado de cripto. Esses motivos são mais do que suficientes para convencer os novos investidores a fazer um investimento em ETFs.