
- Conceito de volatilidade
- Como funciona a volatilidade na economia
- Maior volatilidade e menor volatilidade
- Tipos de volatilidade para investidores
- O que defina a volatilidade é o risco
- Exemplo de volatilidade: caso da Dogecoin
- Usando a volatilidade como estratégia
- Perguntas frequentes sobre volatilidade
O que é volatilidade: conceito e exemplos práticos
Do latim volar, a palavra volatilidade ainda causa muitas dúvidas entre os investidores. Neste artigo completo sobre volatilidade financeira vamos respondê-las.
- Conceito de volatilidade
- Como funciona a volatilidade na economia
- Maior volatilidade e menor volatilidade
- Tipos de volatilidade para investidores
- O que defina a volatilidade é o risco
- Exemplo de volatilidade: caso da Dogecoin
- Usando a volatilidade como estratégia
- Perguntas frequentes sobre volatilidade
O que é volatilidade é uma das perguntas mais comuns entre novos investidores. Do latim volar, a volatilidade serve para indicar que um ativo pode despencar ou voar em instantes.
No mercado financeiro alguns termos são tão importantes quanto os ativos. Compreender cada um dos conceitos econômicos do universo financeiro é essencial para quem busca atingir o topo. Neste artigo vamos responder uma das perguntas mais importantes para quem quer investir em ativos financeiros: o que é volatilidade.
Conceito de volatilidade
Derivada da palavra latina volo, cujo significado é voar, volatilidade é um termo usado em vários campos das ciências. Na física e na química, por exemplo, a volatilidade é uma medida de grandeza que explica a facilidade de uma substância passar do estado sólido ou líquido para o estado gasoso. Ou seja, a qualidade da substância de voar.
Como a volatilidade é algo presente na natureza, o termo foi emprestado pelos ideólogos do mercado financeiro para explicar as variações dos vários ativos negociados, como ações, moedas e títulos de investimento. No mesmo sentido apresentado na química e na física, a volatilidade é empregada nos estudos econômicos para falar sobre a probabilidade de um ativo ‘voar’.
Como funciona a volatilidade na economia
O nível de atração dos ativos financeiros depende de vários fatores, a depender do tipo de investimento que se pretende fazer. Há investidores que preferem ativos estáveis, outros que buscam por investimentos mais voláteis. Dessa forma, podemos entender que o ativo volátil é o oposto do ativo estável.
Portanto, o que é volátil e instável? Sim, é possível dizer que a volatilidade é a instabilidade dos ativos financeiros. Ocorre que, como a instabilidade não é uma medida econômica, pois mesmo um ativo estável pode se tornar instável a depender das decisões governamentais e catastróficas climáticas, fez-se necessário estabelecer a volatilidade como essa medida.
Outro ponto que é importante ressaltar é que a volatilidade não tem nada a ver com prejuízo. Se um ativo é considerado volátil, não quer dizer que ele é ruim. Pelo contrário, ao mesmo que o ativo pode cair muito de valor de mercado, pode também aumentar muito o seu valor perante o mercado.
Esse, aliás, é o conceito original da palavra volatilidade aplicada na prática. Quem possui um ativo volátil aguarda o momento exato - o voo do ativo - para realizar a operação de venda e lucrar com preço na venda.
Dicas importantes
A volatilidade é uma medida estatística que define as chances do preço médio do ativo variar, para baixo e para cima
Existem muitas maneiras de medir a volatilidade, e programas desenvolvidos para esse fim específico.
Ativos voláteis são considerados pelo mercado como mais arriscados do que ativos menos voláteis, em razão da imprevisibilidade, por isso também são mais lucrativos.
Quase todos os preços de compra são calculados a partir da volatilidade dos ativos em negociação.
Ainda que essa premissa seja verdade, a volatilidade não é sinônimo de risco. No mercado financeiro, os termos tendem a possuir significados diferentes dos que recebem na linguagem cotidiana. Um termo pode ser volátil e, simultaneamente, não ser instável.
Maior volatilidade e menor volatilidade
Uma dúvida muito comum entre os investidores é em relação aos tipos de ativos. Como a volatilidade é a medida estatística que mostra a variável de preço de um ativo a partir de um valor médio, pode-se dizer que quanto maior a volatilidade, maior a probabilidade do preço de um ativo mudar, e quanto menor a volatilidade, menor as chances do preço se alterar.

Apesar dessa conceituação, vale destacar que mesmo os ativos com volatilidade baixa têm o preço alterado ao longo do tempo. Decisões políticas são tomadas diariamente, eventos climáticos alteram o processo produtivo, mudanças de comportamento ocorrem em todas as sociedades. Mas mesmo diante desse cenário, as mudanças nos preços são previsíveis.
A grande questão dos ativos de alta volatilidade é saber o momento certo para embarcar e apreciar a vista que poucos têm condições de apreciar.
Enquanto os ativos de volatilidade alta tendem a ser mais sensíveis a esses fatores e suas mudanças mais drásticas. Em questão de minutos, o valor de um ativo de alta volatilidade pode descer 10 vezes e depois subir 20 vezes. Por isso, esses ativos são considerados de alto risco, pois a queda e a subida são repentinas e exponenciais.
Tipos de volatilidade para investidores
Além da diferenciação entre alta e baixa, é preciso entender os vários tipos de volatilidade para melhorar a compreensão de quando investir em um ativo de alta volatilidade. No caso, existem três tipos de volatilidade atualmente:
Volatilidade histórica
Volatilidade implícita ou real
Cada tipo de volatilidade apresenta características únicas que podem ajudar o investidor a analisar o momento exato para aplicar o dinheiro. Vamos analisar cada uma delas a seguir.
Volatilidade histórica
Talvez o tipo mais fácil de ser compreendido, a volatilidade histórica (VH) é um tipo de volatilidade medido pelo mercado a partir do histórico de variação de preço do ativo. Um modelo mais simples de compreensão da variação de preço, a volatilidade histórica ajuda quem quer entender como funciona o humor do ativo ao longo do ano.
Para encontrar a volatilidade histórica, o investidor precisa estabelecer um período de análise, normalmente um ano, e consultar a variação dia após dia, mês após mês, até encontrar algo em comum que possa ajudar a prever a variação. É um tipo de volatilidade que não define, mas sim, apresenta um panorama sobre o investimento.
Exemplo prático de volatilidade histórica
Exemplo prático de ativo que pode ter seu preço compreendido a partir da volatilidade, são os alimentos. A depender do período do ano, uma noz pode valer mais ou menos. No natal, quando as nozes são um dos alimentos mais consumidos, o valor do ativo aumenta. Nos demais meses do ano, o valor das nozes tende a ser menor.
Assim, ao observar o preço das nozes em dezembro, o investidor pode achar que estará fazendo um bom negócio. Porém, ao analisar a volatilidade histórica das nozes, o investidor perceberá que as nozes tendem a cair ao longo do ano. De modo que o melhor momento para investir no produto é no período que antecede as festas natalinas.
Volatilidade implícita
Diferentemente da histórica, na volatilidade implícita (VI) os olhos dos analistas estão para o futuro. Observar as notícias e movimentos dos governos em relação aos mercados de todo mundo é essencial para encontrar os níveis de volatilidade implícita dos investimentos em todo o mundo. Quanto maior a quantidade de informação, melhor para o investidor.
Apesar de ser muito utilizada em agências e corretoras de investimentos, é bom ressaltar que volatilidade implícita não é uma ciência exata, portanto, não tem a função de definir as variações futuras de preço de algum ativo. Costuma funcionar mais como um guia de como os mercados vão se comportar e o poder de influência no preço do ativo analisado.
Exemplo prático de volatilidade implícita
Podemos usar como exemplo para explicar a volatilidade implícita o caso recente das bitcoins. Surgida em 2011 como uma alternativa às moedas globais, a bitcoin foi se tornando um ativo financeiro de reserva de valor. Quando começaram a surgir os primeiros casos de COVID no China, um bitcoin valia menos que $10 mil dólares.
De repente, o mundo se viu em uma pandemia e as pessoas passaram a buscar novas formas de proteger seu patrimônio. O bitcoin foi um dos ativos mais valorizados em todo o período, chegando a $61 mil dólares em 9 de abril de 2021, ápice da pandemia.
Porém, com o retorno das atividades econômicas, o valor perdeu valor de mercado. Saindo de $61 mil dólares em 9 de abril de 2021 para $31 mil dólares três meses depois.
Rumores passaram a indicar que Honduras, um país localizado no Caribe, iria instituir o bitcoin como moeda oficial. Eram apenas rumores, mas suficientes para animar o mercado. Em setembro, quando o anúncio oficial da Honduras foi divulgado, a criptomoeda bateu $48 mil dólares, escalando até o maior valor já registrado: $64 mil dólares em novembro.
O importante é distribuir seu dinheiro em vários tipos de investimentos: de baixo risco e pouca volatilidade, e de alto risco e alta volatilidade. E saber a hora de saltar.
Logo em seguida, no entanto, o governo americano decide aumentar a taxa básica de juros que ficou negativa por décadas. Isso levou muitos investidores a vender seus ativos em bitcoins para adquirir títulos do governo americano, que passaram a ser mais rentáveis.
Note que ao longo do tempo, um investidor atento às notícias políticas, conseguiria prever a volatilidade do bitcoin. O aumento quando Honduras anunciou o bitcoin como moeda oficial do país e a decisão do governo americano de aumentar a taxa básica de juros, são dois casos onde a volatilidade estava implícita, e quem enxergou conseguiu se dar bem.
O que defina a volatilidade é o risco
A afirmação de que se um ativo tem alta volatilidade quer dizer que ele é mais arriscado, é verdadeira, porém, é preciso entender um pouco do conceito de risco para o mercado de ativos e financeiro.
Quando escutamos que determinado investimento é arriscado, somos automaticamente levados a pensar que as chances de prejuízo são altas. Na verdade, o risco de um ativo está diretamente ligado à variação de preço, ou seja, da volatilidade do ativo que se pretende comprar.
Isso não quer dizer que uma ativo de risco tenha mais probabilidade de ser ruim, tampouco mais caro. Se o ativo de risco vai dar lucro ou o prejuízo, depende. Justamente por possuir uma volatilidade imprevisível, investimentos de risco tendem a ser uma boa opção para quem quer gerar lucros rápidos.
Da mesma forma que o ativo pode cair de preço, no dia seguinte ele pode subir muito. Esse é o caso das criptomoedas, ativos voláteis e podem ser muito lucrativos.
Exemplo de volatilidade: caso da Dogecoin
No ano passado, a internet foi surpreendida pela notícia de um jovem brasileiro residente nos Estados Unidos que dormiu e acordou milionário. Esse é o caso Glauber Contessoto que trabalha como produtor em Los Angeles. Usuário assíduo de fóruns sobre criptomoedas, o jovem de 33 anos decidiu investir em uma criptomoedas nova: a dogecoin.
A criptomoeda foi criada por alguns jovens programadores em homenagem ao cão da raça Shiba Inu que virou ícone da cultura digital ao estampar figurinhas e gifs.
Em fevereiro de 2021, Glauber sacou suas economias e realizou um empréstimo. Adquiriu 250 mil dólares da criptomoeda dogecoin. Pagou $0,045 centavos de dólares por cada token da criptomoeda, um valor irrisório perto das moedas mais conhecidas como a bitcoin.
Dois meses depois, a moeda valia $0,40, fazendo com que o patrimônio de Glauber desse um salto para mais de $2 milhões de dólares. O repentino aumento de preço foi ocasionado por um tweet de um magnata da indústria, Elon Musk, que postou em seu blog que a sua produtora de carros tecnológicos - Tesla - iria abandonar o modelo de vendas por bitcoin.
A dogecoin é um investimento que quintuplicou de valor em pouco mais de algumas semanas. Caso exemplar de ativo de alta volatilidade lucrativo.
Ao inserir a foto da moeda dogecoin na postagem, o bilionário estava dando um recado: É bom possível que num futuro próximo a dogecoin seja aceita como criptomoeda para quem quiser comprar nossos carros. Bastou essa sinalização para a moeda dar um salto e subir de preço 10 vezes.
Tudo que sobre, pode cair
Como é característica própria dos ativos de alta volatilidade, assim como o aumento pode ser repentino, a queda também. O jovem Glauber virou celebridade e passou a oferecer conselhos sobre investimento. Prometeu que só venderia a moeda depois de um ano.
12 meses depois, a criptomoeda do engraçado cachorro Shiba Inu perdeu valor de mercado e agora vale $0,61 centavos de dólares, valor acima do que foi investido pelo Glauber, mas muito abaixo do pico que atingiu em meados de abril do ano de 2021. Volatilidade aplicada na prática.
Gráfico do preço da dogecoin nos últimos 5 anos. Criada no final de 2020, a moeda atingiu seu valor máximo em 7 de maio de 2021, quando valia $0,64 centavos de dólar.
Esse exemplo mostra como o ativo de alta volatilidade pode ser lucrativo para quem está atento aos movimentos do mercado. Por isso, a volatilidade não pode ser entendida como uma característica negativa dos ativos financeiros. A lucratividade depende do investidor que precisa estar pronto para vender na alta e comprar na baixa.
Usando a volatilidade como estratégia
Ao longo do nosso artigo você notou que a volatilidade tem muitas aplicações no mercado de investimentos. Quem sabe ler os movimentos, está sempre um passo à frente na hora de negociar ativos. Saber fazer investimentos com alta volatilidade é essencial para criar uma carteira de investimentos com lucratividade alta.
Além do mais, nada garante que um investimento com pouca volatilidade não tenha uma queda brusca, como acontece com a queda das ações de empresas que vão à falência ou descobertas em esquemas ilegais e operações obscuras. Ainda que a história da empresa mostre uma certa perenidade, um simples fato pode mudar tudo.
No momento de investir o seu dinheiro, o mais importante é saber quanto e como. Separar um parcela do seu patrimônio e aplicar em ativos de alta volatilidade, ainda pouco quando comparado ao montante aplicado em ativos estáveis, é o mais indicado.
Assim, o investidor só precisa aguardar o tempo e os homens influenciarem no valor de seus ativos para vendê-lo no momento certo.
Perguntas frequentes sobre volatilidade
O que significa volatilidade?
Volatilidade é uma palavra que indica que algo tem uma condição variável, podendo mudar de estado com facilidade. A própria palavra volátil vem do latim ‘volar’, que significa voar.
O que é volatilidade dê exemplos?
Na ciência exata, a volatilidade é o caso da mudança de um líquido para o estado gasoso, enquanto na ciência econômica, volatilidade é a mudança de valor de ativo financeiro que sobe e desce com frequência.
Como explicar volatilidade?
Em linhas gerais, podemos conceituar a volatilidade da seguinte maneira: alteração frequente de valor de um determinado ativo, para cima ou para baixo.
Como se calcula a volatilidade?
Existem muitas maneiras de calcular a volatilidade de uma ativo, mas a fórmula mais comumente utilizada é: vol = σ√T, onde vol é a volatilidade, σ o desvio padrão de retornos e T o número de períodos no horizonte do tempo.
Por que um ativo mais volátil é mais arriscado?
Porque esse ativo tende a ter uma variação de preços mais comum do que outros ativos considerados menos voláteis. Vale dizer que a variação pode ser para baixo ou para cima, portanto, arriscado não quer dizer que seja pior.
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