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Percepção do mercado Cripto Blockchain: o que é e como funciona o sistema mais seguro do mundo

Blockchain: o que é e como funciona o sistema mais seguro do mundo

Blockchain o que é e como funciona a tecnologia que está revolucionando a forma como informações são coletadas e armazenadas.

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TOPONE Markets Analyst 2022-12-10
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Para quem está tentando entender, blockchain o que é, podemos tentar dividir o perfil destes usuários em dois cenários. No primeiro deles, você nunca ouviu falar nesta tecnologia e está curioso para saber como funciona uma blockchain na prática.


No segundo caso, estamos falando sobre usuários que já estão mais ou menos familiarizados com a tecnologia de criptomoedas e talvez até acreditem que sabem o que é blockchain; mas se você continuar a leitura deste artigo até o final, temos certeza de que irá se surpreender, pois a blockchain é muito mais do que um sistema de dinheiro digital.


Na verdade, a tecnologia por trás do Blockchain é muito mais complexa do que o que muita gente imagina e surgiu muitas décadas antes da criação do Bitcoin. Além disso, este tipo de criptografia tem muito mais utilidades além da mineração de criptomoedas.


Por isso, vamos tentar falar sobre Blockchain o que é para quem deseja entender se vale a pena investir em criptomoedas, porém vamos avançar muito mais e abordaremos diferentes utilidades para esta tecnologia que acreditamos que irão deixá-lo de boca a berta.

Diferenças entre Blockchain e bancos de dados

Se você ainda está tentando entender o que é Blockchain, nesta primeira parte do nosso guia, vamos explicar a diferença entre um banco de dados tradicional e uma Blockchain de uma forma muito básica, pois o objetivo aqui é que qualquer pessoa que nunca teve qualquer tipo de contato com esta tecnologia entenda a lógica da ideia por trás deste tipo de sistema.


Não se preocupe, se você já tem alguns conhecimentos sobre o tópico, iremos abordar aspectos mais avançados mais tarde. Se preferir, você até pode pular direto para os próximos parágrafos.


Em um banco de dados tradicional, temos um ou vários computadores que registram uma grande quantidade de informações. Este tipo de sistema é fundamental para todos os tipos de serviços que dependem da computação e fez a fortuna de investidores em ações de empresas como a Oracle, por exemplo.


Para entender o que é um banco de dados, vamos pensar em um dos aspectos mais básicos da internet - nomes de domínio. A ideia por trás de nomes de domínios surgiu para facilitar o acesso a diferentes páginas por qualquer usuário.


Na origem da internet, cada página online era acessível apenas através de um número de IP identificador, que era uma sequência de vários dígitos, difíceis de memorizar e principalmente de divulgar.


Assim, começaram a ser criados bancos de dados para armazenar nomes de domínios que identificariam um IP. Ou seja, em vez de ter que memorizar uma série de dígitos do tipo 192.168.1.1, você poderia acessar o endereço comprarcriptomoedasbaratas.com e teria acesso a mesma página.


Cada um destes nomes de domínios está registrado em uma base de dados que é constantemente modificada e editada. Esta tecnologia funciona, na verdade, ela funciona extremamente bem, em muitas outras áreas da tecnologia da informação.


Ela pode ser aplicada para qualquer outra área; imagine que você precisa criar uma lista com os nomes de todas as cidades do mundo, ou um sistema que registre o número de todos os cartões de créditos e o nome dos seus proprietários.


Tudo isto pode ser feito através de bancos de dados, que são arquivos gerados por um sistema de gerenciamento de bases de dados. Estes arquivos, que podem incluir uma quantidade imensa de informações, podem ser facilmente acessados e filtrados, o que possibilita a criação de inúmeras aplicações, relatórios e dados estatísticos.


Como explicamos, o sistema funciona, mas tem uma falha fundamental. Mesmo que o arquivo possa ser copiado para servidores que farão backups de segurança, se alguém tiver acesso ao sistema, pode editar o banco de dados e fazer modificações que teriam diferentes impactos no sistema que depende destes dados como um todo.


Já no caso de uma Blockchain, isto não seria possível, pois mesmo que você tivesse acesso a uma cópia do arquivo, suas alterações seriam reconhecidas como inválidas por todos os outros participantes da rede. Não se preocupe, tudo isto irá ficar mais claro nos próximos parágrafos.


Mas na prática, para quem está iniciando neste tipo de processo, podemos fazer uma comparação que até pode ser esdrúxula para usuários avançados, mas que acreditamos que pode funcionar para quem ainda está aprendendo blockchain o que é.


Um banco de dados é como se fosse uma monarquia, existe um servidor central com a base de dados que recebe e valida os pedidos de alteração nos dados do banco.


Embora existam muitos protocolos de segurança que tentem evitar ao máximo o comprometimento destes dados, se um hacker conseguir acesso aos níveis mais altos de gestão da base de dados, ele poderá fazer alterações e consultar informações privadas facilmente.


Já uma Blockchain é como se fosse uma democracia, com milhões de pessoas participando do processo de decisão. Assim, se um hacker conseguir atacar e ameaçar com sucesso algumas destas máquinas, o restante dos participantes conseguirá identificar o ataque e os dados não serão comprometidos.


Ou seja, uma Blockchain depende de muitos sistemas que precisam aprovar qualquer tipo de alteração nos dados, o que aumenta muito a segurança das informações nela registrada.

Blockchain - o que é e como surgiu

Como já comentamos anteriormente, muita gente acredita que a tecnologia de Blockchain surgiu com a criação do Bitcoin, mas na verdade ela já havia sido projetada há muito tempo antes que o primeiro BTC fosse minerado.


É claro que o Bitcoin ajudou muito a melhorar a utilização de Blockchains. De fato, outras criptomoedas trouxeram ainda mais inovações para este tipo de operações.


Além disso, muitas outras empresas que não tem nenhuma ligação direta ou indireta com o mercado de criptomoedas estão investindo milhões de dólares para usar redes Blockchain em seus projetos.


Mas como comentamos, a tecnologia por trás da ideia de uma Blockchain surgiu no final dos anos 70, quando um cientista chamado Ralph Merkle patenteou as árvores de dispersão, ou como ficaram conhecidas, árvores de Merkle.


Estas árvores são na verdade uma estrutura imaginária da ciência da computação que definia a possibilidade de armazenar dados em um sistema de blocos sequenciais vinculados, usando a criptografia.


Muito tempo depois, já no final da década de 1990, Stuart Haber e W. Scott Stornetta conseguiram usar com sucesso as árvores de Merkle para implementar um sistema totalmente inviolável de carimbos de data e hora de documentos.


Como você pode ver, estes estudiosos não tinham nenhum interesse em criptomoedas. Eles só queriam descentralizar o armazenamento de dados, para garantir que as informações não pudessem ser violadas.

A genialidade que levou a criação do Bitcoin

Embora a tecnologia de Blockchain já existisse muito antes da criação da primeira criptomoeda, o BTC, é preciso concordar que existe uma ligação muito estreita entre as duas ideias.


Talvez você não saiba, mas em 2010, um programador de software residente na Flórida e antigo colaborador da equipe Bitcoin Core, adquiriu duas pizzas por 10 mil BTCs. Se Laszlo Hanyecz tivesse guardado estas criptomoedas e vendido seus BTCs no momento de alta mais elevada do Bitcoin, teria lucrado mais de 700 milhões de dólares.


Ou seja, embora criadas de forma independentes, tanto o Bitcoin quanto a tecnologia que levou ao desenvolvimento da primeira Blockchain de criptomoedas se tornaram fundamentais para as vidas de milhões de usuários e tem potencial para a geração de bilhões de dólares em riqueza.


Em 2008, quando Satoshi Nakamoto divulgou a ideia para a criação de uma criptomoeda, seu objetivo era oferecer um ativo 100% digital que pudesse ser transferido diretamente entre usuários, sem a interferência de terceiros.


Um dos problemas que o projeto poderia enfrentar era a possibilidade de poder ser alterado por hackers, que podiam gerar novas criptomoedas e destruir a eficácia do Bitcoin.


Mas com a utilização de uma Blockchain, os criadores (não sabemos se se trata de um único indivíduo ou um grupo de programadores) conseguiram garantir que o custo em termos de poder computacional para violar a rede seria tão elevado que acabaria não compensando.


Se você pensar no dinheiro físico que você consegue segurar na mão e guardar no bolso, ele precisa ser criado usando todo o tipo de tecnologia possível para garantir que o custo de falsificação seja mais elevado do que as cédulas ou moedas valerão na prática.


Sem uma Blockchain eficaz, o Bitcoin certamente teria morrido em pouco tempo e todas as outras criptomoedas que vieram na sequência nunca teriam existido. Ou seja, com base em uma tecnologia criada há várias décadas, foi criado um mercado que já chegou a valer trilhões de dólares e que movimenta bilhões todos os dias.


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Blockchain o que é e como esta tecnologia abalou o mercado financeiro tradicional

Não vamos entrar em uma longa explicação sobre o surgimento do dinheiro nas primeiras civilizações como forma de garantir o equilíbrio entre compradores e vendedores, mas principalmente como uma forma de controle, uma vez que era mais fácil para os cobradores de impostos calcular os valores devidos aos reinantes, ditadores ou tiranos que escreveram a história antiga da humanidade.


Até o surgimento do BTC, o cidadão que não queria deixar o dinheiro depositado em uma conta bancária precisava sacar o dinheiro e guardá-lo em casa, o que acarretava vários problemas.


Para o estado, era muito fácil controlar a circulação de dinheiro, cobrar impostos e principalmente regulamentar a economia, seja para melhorar a vida da população ou para tomar medidas que teriam efeitos desastrosos no futuro.


Basta pensar no efeito em cadeia que a quebra da Bolsa de Valores de Nova York de 1929 teve sobre a economia global. Juntamente com outros problemas que não são relevantes aqui, a economia ajudou a acelerar os conflitos na Europa e por isso a segunda guerra mundial.


Na prática, todo o dinheiro "tradicional" está sobre o controle do estado, que pode por exemplo decidir aumentar os impostos sobre ele, reduzir a quantidade de recursos que cada cidadão poderá sacar, além de poder manipular a economia de várias outras formas.


Além do fato de que o dinheiro está sobre o controle do estado, valores depositados em um banco também podem ser acessados por hackers que poderiam se apoderar de todo este dinheiro e levar a instituição bancária a falência.


Embora os governos tentem proteger o sistema bancário e em momentos de crises até injetem dinheiro para salvar bancos que estão com problemas de liquidez, no final das contas o dinheiro de todos os correntistas está sob o poder dos bancos e do estado.


Mas quando o Bitcoin surgiu, todo este cenário mudou. Uma pessoa em qualquer lugar do mundo pode comprar um produto de outro país e pagar com BTC. Esta transação, embora possa ser monitorada publicamente através de vários mecanismos, não pode ser impedida por nenhum governo.


Ou seja, o que estamos tentando explicar é que o estado perdeu o controle sobre a transferência e utilização de dinheiro. Isto foi tão impactante que a negociação de criptomoedas é proibida em vários países. Além disso, mesmo em locais como o Brasil onde você pode comprar criptomoedas facilmente, existem discussões em ambientes políticos sobre formas de regulamentar os criptoativos e tentar retomar parte do controle sobre este dinheiro digital.


Um dos argumentos muito usados pelos críticos do Bitcoin e outras criptomoedas é exatamente o fato de nenhum governo ou polícia ter controle sobre os valores transferidos.


Se esta falta de controle pode ser usada por exemplo para apoiar grupos que tentam protestar contra regimes opressores, ela também poderia ser usada para financiar o terrorismo, para compra de produtos ou serviços ilegais, como drogas, armas e pirataria.


Não vamos entrar neste debate, mas é fato que qualquer tecnologia pode ser usada tanto para melhorar as nossas vidas, como pode potencialmente ser muito danosa para a sociedade. Cabe aos governantes garantir que indivíduos que estejam desrespeitando a lei sejam punidos, sem que o restante da população acabe sendo prejudicada por uma minoria.


Em fim, é inegável que a utilização da tecnologia de Blockchain juntamente com uma moeda digital alterou para sempre a economia global. Na verdade, acredita-se que ainda nem temos a dimensão de como a utilização de Blockchains poderá mudar a nossa vida no futuro. Mas mesmo assim, vamos seguir abordando outros aspectos fundamentais para que você possa entender o que é Blockchain.

Outros criptoativos criados com base em Blockchain

Aos poucos, conforme o Bitcoin começou a popularizar a utilização da tecnologia baseada em Blockchain, começaram a surgir novos projetos, com ideias diferentes que ajudaram a acelerar o desenvolvimento de aplicações cada vez mais inovadoras.


Nos próximos parágrafos, vamos tentar falar um pouco sobre alguns destes projetos e como eles ajudaram a revolucionar o mercado de criptomoedas.

Ethereum - o projeto que ajudou a difundir a tecnologia Blockchain

Se o Bitcoin foi revolucionário pela forma como transformou a transferência de dinheiro e a economia tradicional, o surgimento do Ethereum trouxe consigo um ecossistema que engloba muitos outros projetos baseados em Blockchain.


Aqui, precisamos destacar que embora muitas pessoas acreditem que o Ethereum é apenas uma criptomoeda, na verdade é um sistema de desenvolvimento de muitos outros projetos. A criptomoeda deste projeto era chamada de ETC, um ativo digital usado para recompensar desenvolvedores que criassem aplicações para a plataforma.


Após uma bifurcação da Blockchain do Ethereum, surgiu uma nova criptomoeda chamada de ETH, que muitas pessoas confundem com a marca Ethereum.

Blockchain o que é e como funcionam os contratos inteligentes

Os contratos inteligentes, ou smart contracts em linguagem mais usada em textos sobre a tecnologia Blockchain, são literalmente contratos virtuais estabelecidos entre duas partes sem a intermediação de advogados ou sistemas judiciais tradicionais. Em outras palavras, são acordos criados usando uma Blockchain para garantir que as regras do contrato serão cumpridas.


Parece meio confuso? não se preocupe, vamos tentar explicar tudo agora.
Em um contrato tradicional, temos um documento redigido com várias cláusulas, para estabelecer os direitos e responsabilidades de ambas as partes, assim como as penalidades que poderão incidir sobre a parte que descumprir o acordo.


Assim que este acordo é assinado, torna-se legalmente válido e deverá ser cumprido. Mas, se uma das partes quebrar o contrato, será a justiça quem irá decidir quem está certo na disputa sobre a validade de uma ou mais cláusulas deste contrato.


Conforme os desenvolvedores do Ethereum começaram a buscar por novas formas de explorar a utilização da tecnologia Blockchain, entenderam que seria possível criar contratos 100% virtuais que seriam muito mais seguros do que os contratos tradicionais.


Na prática, as regras de um smart contract são definidas digitalmente e registradas em uma Blockchain, como é o caso da Blockchain do Ethereum. Como esta cadeia de blocos é inviolável, este contrato não pode ser quebrado e terá que ser cumprido.


Ou seja, quem garante que as regras do contrato não foram alteradas é a Blockchain. Se por exemplo uma empresa criar um produto digital para oferecer empréstimos e solicitar uma garantia em ativos digitais, as penalidades em caso de descumprimento do acordo são registradas na Blockchain.


A melhor forma de entender estes conceitos inovadores é transportando os exemplos para situações que já conhecemos; é exatamente isto que vamos fazer agora.


Quando você decide ir ao banco para hipotecar sua casa, a única maneira de receber o dinheiro que está solicitando é assinar um contrato que irá colocar este imóvel como garantia. Caso você não pague o empréstimo, o banco irá exercer seu direito contratual e se tornará o dono do seu imóvel.


No entanto, para que ele consiga realmente obter a propriedade da casa, terá que ingressar na justiça e enfrentar uma batalha legal contra você, que é a parte devedora.


Como isto depende de legislação local e de uma série de aspectos, este processo pode levar anos e custar muito dinheiro em ações judiciais. Ou seja, embora funcione, este tipo de contrato tem vários problemas que não estão presentes em smart contracts.


Em um contrato inteligente, como as regras são definidas digitalmente, se ficar estabelecido que a propriedade de um ativo será transferida para o credor após 90 dias de atraso nos pagamentos, o processo de transferência é executado automaticamente e também fica registrado em blockchain.


Pode parecer estranho para você que ainda está aprendendo o que é Blockchain, mas foram criadas muitas empresas para oferecer este tipo de serviço online e bilhões e bilhões de dólares foram emprestados para outros usuários usando esta tecnologia.


Embora o Ethereum seja a plataforma mais usada para a criação deste tipo de contrato inteligente, já existem outras Blockchains, como Cardano e Solana que oferecem muitas opções para o registro de smart contracts em Blockchain.

Blockchain o que é e como os NFTs se tornaram a mais nova febre da internet

O número de buscas sobre o que é NFT aumentou vertiginosamente nos últimos anos, principalmente após a divulgação de notícias sobre artistas como o jogador Neymar que pagaram milhões de dólares pelo direito de possuir uma imagem digital.


Esta é outra área em que a tecnologia Blockchain possibilitou a criação de mercados que valem bilhões em ativos e geram renda para muita gente. Mas na verdade, um NFT não é outra coisa se não um arquivo que foi registrado em uma Blockchain.


Existem vários casos que tentaremos explorar, mas vamos começar de uma forma mais simples; imagine que você abre seu programa de edição de imagens no computador e cria um design diferente, inspirado em qualquer coisa, seu cachorrinho ou um pássaro que viu pela janela.


Este arquivo poderá ser enviado por email, usado no perfil das suas redes sociais, impresso e colado na parede, até que teríamos cópias da sua inspiração espalhadas em locais diferentes.


Em 10 anos, o arquivo original poderia ter sido distribuído e usado milhares de vezes e seria impossível afirmar com certeza que você, em um dia inspirador criou aquela imagem.


No entanto, se você tivesse usado uma Blockchain para registrar seu trabalho, sua autenticidade seria garantida por criptografia e mesmo que alguém copiasse a imagem, as informações sobre quem registrou aquele arquivo pela primeira vez estariam disponíveis publicamente para sempre.


É por isso que investidores pagam milhões de dólares em uma foto de um macaquinho engraçado, pois trata-se de um ativo digital único que tem registro de propriedade.


Se você comprar um NFT hoje, esta transação ficará registrada na Blockchain onde ele foi cunhado. Até aqui, temos o registro de quem criou o ativo e de quem o adquiriu. Caso você venda este NFT no futuro, esta transação também será registrada e poderá ser consultada em caso de problema ou dúvida sobre sua propriedade legal.


Quando um novo NFT é cunhado, a pessoa ou empresa que está registrando o ativo digital precisará usar uma plataforma que ofereça registro em Blockchain como a Solana ou o Ethereum e pagar pela inclusão dos dados do NFT na cadeia de blocos.


Ou seja, neste ponto, já é possível entender como criptomoedas, blockchains e NFTs são conceitos estreitamente relacionados. Esta tecnologia se expandiu tanto que criou mercados online especializados na venda de ativos digitais muito variados; não se trata apenas de imagens, mas de todo o tipo de produtos.


Se uma empresa decide lançar um novo produto de luxo, por exemplo uma bolsa exclusiva. O cliente que aceitar pagar milhares de dólares está pagando pelo direito de possuir algo raro, que quase ninguém mais tem.


No entanto como você certamente sabe, após o lançamento de um novo produto no mercado, rapidamente são criadas versões falsificadas ou as chamadas réplicas que tentam imitar o produto original, mas custam muito menos.


Se pensarmos no exemplo da nossa bolsa, poderíamos ter cópias não muito fidedignas que seriam rapidamente identificadas como falsificações, porém algumas réplicas poderiam ser tão perfeitas que seria quase impossível diferenciar o produto original.


Se, por outro lado o design desta bolsa tivesse sido registrada em Blockchain, seria possível saber rapidamente quantas bolsas foram fabricadas e quem são seus proprietários legais.


Para as empresas, isto é fundamental, uma vez que evitam ou diminuem a falsificação dos seus produtos. Como esta tecnologia ainda é muito recente, alguns destes aspectos ainda estão sendo desenvolvidos, mas vamos pensar em uma situação hipotética.


Um usuário pagou milhares de dólares para comprar a bolsa exclusiva do nosso exemplo. O design desta bolsa está registrado na Blockchain da Solana. Se três meses mais tarde outra pessoa comprasse uma cópia falsa desta bolsa e decidisse postar uma foto usando o produto nas suas redes sociais, seria possível identificar que trata-se de um produto falsificado e até tomar as medidas cabíveis ou expor o fato.


Embora isto ainda não esteja ocorrendo, várias redes sociais como o próprio Instagram já estão oferecendo opções para exibição de NFTs em perfis. Se você tentar usar uma imagem copiada de um NFT registrado em Blockchain no seu perfil do Instagram, a plataforma poderia identificar que se trata de uma falsificação e não deixar que a imagem seja postada.


Vários NFTs foram vendidos por milhões de dólares por este motivo, o proprietário sabe que está comprando um item raro que não poderá ser falsificado. Embora tudo isto ainda esteja começando, mais e mais artistas estão começando a usar a tecnologia Blockchain para registrar suas obras e garantir sua autenticidade, o que aumenta seu valor.


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Blockchain o que é e outras vantagens

Podemos até voltar a falar sobre o uso da tecnologia Blockchain em projetos artísticos, uma vez que esta indústria está se expandindo cada vez mais. No entanto, para que você veja outros usos práticos deste sistema, vamos ver outras vantagens da Blockchain em situações reais.

Como a tecnologia de Blockchain pode ajudar na venda de produtos ou serviços

Hoje em dia, quando duas pessoas decidem negociar um produto ou serviço, estão na prática confiando na palavra e na honestidade do outro. Isto porque, um deles precisará aceitar dar o primeiro passo ou a negociação não será concluída.


É por isso que surgiram os marketplaces, como temos no Brasil o MercadoLivre e a Amazon, para intermediar as operações entre compradores e vendedores e tentar dar mais confiabilidade ao processo.


Se você comprar um produto em um destes sites, mas não receber seu artigo ou tiver algum problema, precisará abrir uma disputa e solicitar a intermediação do marketplace que irá tentar resolver a situação entre as partes, inicialmente buscando mais informações sobre o problema e tentando oferecer uma solução adequada.


Este processo nem sempre funciona da melhor maneira possível e é muito provável que uma das partes saia insatisfeita com a decisão final do marketplace quando não há acordo sobre a resolução do problema.


Ou seja, existe um terceiro que está intermediando as negociações, mas em muitos casos não é muito claro quem realmente está certo em sua argumentação.


Usando a tecnologia de Blockchain, pode ser criada o que é chamada de "ledger", um registro de todas as transações ocorridas em uma negociação, o que torna o comércio muito mais confiável. Já vimos isto anteriormente ao falar sobre NFTs, mas pense em uma situação totalmente diferente.


Uma empresa precisa encontrar um novo fornecedor de outro país. Em muitos casos, estas negociações não são concluídas ou precisam de um escritório de intermediação para garantir que a empresa que está comprando o produto irá pagar o valor acordado, mas o comprador também tem medo que a empresa acabe não entregando o produto correto.


Uma ledger criada em Blockchain poderia agilizar muito este processo e garantir o sucesso deste tipo de negociação.

Blockchain para fomentar o uso de energias renováveis

Atualmente, se você investir para instalar placas solares, precisará vender o excesso de energia coletada para a empresa responsável pelo fornecimento de eletricidade da sua região.


Já existem projetos sendo criados para tornar esta distribuição mais rápida e barata, usando a tecnologia de Blockchain. Na prática, tanto os usuários que querem vender a energia não utilizada quanto os compradores seriam registrados em uma plataforma usando uma Blockchain.


Através de medidores, seria possível monitorar o quanto cada uma das partes deverá pagar ou receber pelo serviço, sem a intermediação de terceiros. Além disso, seria possível fomentar a instalação de fontes renováveis de energia em outras regiões, estes equipamentos poderiam ser alugados ou gerar energia e vendê-la diretamente, pagando automaticamente os lucros acordados com os investidores.


Esta é uma forma muito eficaz para garantir a segurança deste tipo de operação, uma vez que todas as partes terão registros invioláveis de tudo o que está ocorrendo. Além disso, através de smart contracts, os pagamentos poderiam ser automatizados, criando um sistema que acabaria atraindo muitos investidores.

Blockchain e o controle de direitos autorais

Com a facilidade na difusão de dados e informações através da internet, um dos principais problemas que indústrias de setores como cinema, música e arte passaram a enfrentar é a forma de garantir que os direitos autorais do criador de qualquer obra estão sendo respeitados.


Ao utilizar uma Blockchain, empresas como a Sony Music Entertainment Japan estão tentando diminuir os custos do controle sobre materiais protegidos por direitos autorais.


A tecnologia centralizada que ainda é amplamente usada poderia ser mais facilmente comprometida e oferece menos recursos de controle, por isso estas empresas estão investindo na criação de mecanismos de controle protegidos por criptografia usando Blockchain.

Blockchain e as cadeias de produção

Outra utilidade para sistemas de Blockchain que pode mudar a forma como produtos são fabricados e vendidos é para a criação de ferramentas de monitoramento avançado. Vamos ver como isto funciona, mas antes de entrar em detalhes, precisamos mencionar que companhias de varejo como a Amazon já estão trabalhando neste tipo de projeto.


Se toda a cadeia de produção de um determinado produto for gerenciada através de uma Blockchain, tanto os fornecedores, quanto os fabricantes, varejistas e usuários finais teriam controle e poderiam monitorar a autenticidade de todos os componentes usados na fabricação e comercialização do produto.


Assim, é possível garantir que o produto pelo qual o usuário está pagando é realmente original e não uma cópia perfeita, porém usando componentes similares e mais baratos.


Vamos usar como exemplo o mercado de perfumes de luxo. Se você buscar por qualquer marca de perfume na internet, encontrará sites diferentes vendendo o mesmo perfume por preços totalmente diferentes.


Em um marketplace como a Amazon, isto é ainda mais evidente, uma vez que a lista de produtos é apresentada sequencialmente. Mas como saber se o perfume que você está comprando é realmente original?


O vendedor pode ser honesto e indicar que trata-se de uma réplica, mas se ele não fizer isto, você precisa tentar usar o preço como base, acreditando que pela lógica, o produto mais caro deverá ser original.


A outra alternativa é ler as opiniões de outros usuários que compraram o mesmo produto do vendedor. Se muitos estiverem insatisfeitos, por exemplo reclamando que a fixação do perfume é baixa, é provável que você decida não comprar o produto.


Mas até que a empresa tenha reviews suficientes para estabelecer a qualidade de um produto, vários clientes que compraram este perfume já ficaram insatisfeitos, sentindo-se enganados e isto afeta a percepção que terão ao realizar novas compras online no marketplace.


É por isso que estes varejistas querem encontrar uma forma inviolável de garantir que os produtos registrados em Blockchain recebam um certificado de autenticidade, o que aumentaria muito a sua confiança e melhoraria a experiência do cliente, gerando mais lucros para todos os envolvidos no processo.

Como a Blockchain pode facilitar a distribuição de ajuda humanitária

Um dos principais desafios de organizações como a Cruz Vermelha é distribuir justamente os recursos arrecadados para as pessoas em zonas de conflito que realmente precisam desta ajuda.


Vários fatores interferem neste processo, uma vez que já foram divulgados casos de recursos roubados por governantes ou distribuídos como forma de pagamento por lealdade, entre outros problemas.


Além de impactar quem mais precisa desta ajuda, a falta de segurança no processo acaba fazendo com que pessoas que gostariam de doar dinheiro para ajudar esta população que está enfrentando necessidades básicas sintam-se inseguros e receosos.


É por este motivo que a Cruz Vermelha está desenvolvendo um projeto para distribuir esta ajuda através da Blockchain. A ideia é que as doações sejam feitas para a organização que criaria contratos inteligentes públicos e privados para fazer a distribuição diretamente para as pessoas que estão em zonas de conflito e cadastradas para receber esta ajuda.


De acordo com o chefe do centro de tecnologia do escritório de proteção de dados do CICV, comitê da Cruz Vermelha, Vincent Graf Narbel, o projeto já arrecadou mais de 55 milhões de dólares, mas levará alguns anos até estar totalmente desenvolvido.


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Blockchain o que é em resumo

Neste artigo, tentamos explicar com exemplos práticos o que é Blockchain, além de como esta tecnologia poderá ser usada em diferentes áreas da sociedade. Mas em poucas palavras, uma Blockchain é uma cadeia de blocos que não podem ser alterados ou deletados, ou seja, um registro vitalício inviolável.


Como ainda existe muita relutância sobre a real necessidade de criptomoedas, muitas vezes o debate sobre o que é Blockchain acaba sendo confundido com criptomoedas. Mas a tecnologia de Blockchain é muito mais do que isto e está presente em muitos setores que não tem nenhuma relação com as criptomoedas.


Acreditamos que ao finalizar a leitura deste artigo, tudo isto tenha ficado mais claro para você, pois sempre tentamos mostrar o que é Blockchain na prática e de forma simplificada.


A utilização de bases de dados mudou a forma de organizar e coletar dados, facilitando muito o acesso a informação, mas a tecnologia por trás da Blockchain irá alterar a forma como as informações são registradas para sempre.

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